Disse o Cristo: - Eu não vim destruir a Lei.
Também nós outros, os amigos desencarnados, não nos encontramos entre os homens para guerrear-lhes a fé.
Muita gente aceita a luz da Nova Revelação, conservando-a no vinagre da intemperança, como se a verdade fosse um raio fulminantivo para a ruína do mundo, e, usando a lente escura do pessimismo, desfaz-se, cada hora, entre a queixa e o azedume, identificando, em cada parte, males e nuvens, feridas e deserções.
Hoje, o Cristianismo Redivivo é o sol da alma, auxiliando-nos a ver e a servir.
Entre nós, o princípio religioso não se confina à profissão de fé, vazada na confissão labial pura e simples.
Além da palavra que exprime o pensamento, será igualmente ação que reflete a vida.
É por isso que toda a nossa predição deve começar em nós mesmos, através do estudo edificante que nos amplie o horizonte mental e através do serviço que nos propicie experiência.
Não vale situar a convicção nos conflitos estéries.
Muitas vezes, a ofensiva verbal, culta e brilhante, não passa de frases belas e contundentes, à maneira de granizos, chovendo na plantação promissora.
Se já acordaste para a luz do Evangelho redivivo, não olvides que o Céu te convida a entender e auxiliar.
Purifica o verbo nas fontes vivas do amor, que vertem do coração, para que a injustiça não te governe o roteiro.
Cristo insculpiu n'Ele próprio a luz da mensagem que trazia, rendendo-se ao amor e à humildade, ao trabalho e ao sacrifício.
Também nós, guardando a nossa fé sem qualquer violência para com os outros, busquemos estampá-la na luta de cada dia, conscientes de que o próximo receber-nos-á o apelo renovador pela renovação que brilhe entre nós mesmos.
Texto retirado do livro Confia e Segue - Esp. Emmanuel - Francisco Cândido Xavier.
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