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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

O Centro Espírita em Tempos de Transição III

BOM DIRIGENTE,  MAU DIRIGENTE E AÇÃO DAS TREVAS

  O Reino das árvores  precisava de um Rei para governar sobre elas. Formaram então um Conselho deliberativo para escolher quem poderia desenvolver tão importante  função.
  E lá foi o Conselho escolher um  rei para o reino das árvores. Primeiro perguntaram à Oliveira:
  - Oliveira, você poderia se tornar rei sobre nós?
 Ao passo que a Oliveira respondeu:
  -Sim, gostaria muito de desenvolver tão importante função, mas quem iria cuidar das azeitonas para que delas os homens extraíssem o azeite tão útil para a humanidade?
  Ante a negativa, segue o grupo de árvores em busca de um outro rei e perguntam à Figueira:
  - Figueira, você poderia ser rei sobre o reinado das árvores?
  Ao passo que a Figueira respondeu:
  - Sim, gostaria muito de desenvolver tão alta função, mas quem cuidaria dos figos para que deles as mulheres fizessem o agradável doce tão disputado, sobretudo pelas crianças?
  Mais uma vez o Conselho de árvores prossegue em sua empreitada.  Foram procurar a Videira e lhe perguntaram:
  - Videira, você gostaria de ser rei sobre nós?
  Ao passo que a Videira respondeu:
  - Gostaria muito mas quem cuidaria das uvas que dão suco e vinho e alegram a todos, homens e mulheres?
  Mais uma vez as árvores não lograram seu objetivo. Sentiam-se cansadas  diante de mais uma negação. Foi quando viram ali um espinheiro que respondeu e disse:
 - Sim , eu posso ser rei sobre o reinado das árvores, e todos poderão descansar sob minha sombra e, então , incendiarei os cedros do Líbano.

Texto adaptado por Denilson Sant'Ana; de Juízes; cap. 9; vers:7 a 15 


  O texto acima, retirado de uma tradução adaptada do texto bíblico de "Juízes", nos traz uma reflexão dura e importante a respeito da direção de atividades em centro espírita nestes tempos de mudança.
  Certamente que nas casas espíritas esses títulos: dirigente, secretário, presidente... e o que mais houver, ao contrário de  uma empresa privada ou repartição pública, não se referem a cargos  mas a funções, atividades, tão somente.
   Muito embora alguns dirigentes e presidentes, a despeito de toda mensagem a respeito da humildade que a espiritualidade nos envia, pode vir a sentir-se um rei no altar da espiritualidade  reinando em seu mundo de vaidade e  ilusão! - Esses são os espinheiros!  
   A parábola das árvores vem nos ensinar que tantas vezes o membro da fraternidade espírita é mesmo alguém que produz frutos segundo a sua espécie: azeitonas uns, figo outros, e uvas outros mais; isto é, cada um é útil em sua atividade dentro da casa religiosa e fora dela.
  Os frutos são literalmente os frutos de nossas ações  na profissão, no lar junto à família, como cidadão que transita por lugares públicos, etc. A vida em si, é um campo para a prática da Caridade ativa,para a prática da ação consciente. E Jesus nos ensinou: se o fruto é bom, a árvore é boa.
   Quantas vezes, porém, alguém  com esse perfil, ao ser convidado para dirigir uma atividade na casa espírita alega estar muito ocupado com as atividades do dia a dia e que sente-se honrado com o convite, mas não poderia assumir mais um compromisso, afinal tem a mãe para cuidar, ou os filhos, um cônjuge intransigente, o curso de pós-graduação, o mestrado, a hora extra, as azeitonas, azeites, figo, uvas,etc. etc.

  Os motivos racionais são verídicos. Muito se fala em dar a outra face em discursos, mas quantos caminham a segunda milha na prática? Este é o caminho menos percorrido.
  Já pude me deparar na experiência religiosa (graças a Deus isso foi uma pequeníssima minoria) com presidente de casa espírita ou dirigente de alguma atividade, muito parecido com um ditadorzinho  latino-americano bem caracterizado.
  Pela recusa elegante e sincera de quem pudesse realmente desenvolver a atividade com moderação e equilíbrio, corre-se o risco  de após tantas tentativas(videira, figueira,oliveira) entregar atividade de tão suma importância para alguém que promete sombra(espinheira não dá sombra, pois seus galhos secos e bons para a fogueira não tem folhas nem frutos, mas servem para ferir), mas que em verdade podem acender fogo nos cedros do Líbano; isto é: uma atividade mal  dirigida, mal desenvolvida (tanto dentro da religião, como no trabalho particular) pode  pôr a perder toda a tarefa, incendiar  é insuflar as más influências, falatórios, desconfianças, abrir brechas para a a entrada de forças cujo objetivo é impedir o fluxo livre da Luz Superior.
  A direção de uma atividade pode ser um grande desafio, e alguns perdem ao cair diante de sua síndrome do pequeno poder.
  A ação das Trevas não desdenhará a possibilidade de se infiltrar através de personalidades vacilantes e fracas. Mas quem então teria coragem de se candidatar a essas funções , diante disso tudo?
  Por isso é fundamental a amizade entre os tarefeiros. Amizade Espiritual que se traduza em confiança, honestidade, simplicidade e, como diria Francisco de Assis, sem se esquecer da Divina Alegria.

  O servidor digno é aquele que cuida com atenção dos seus afazeres pessoais na profissão e na família. Contraditório um médico pneumatologista que fuma, um psiquiatra ou psicólogo com traços psicóticos de caráter; de forma idêntica  é contraditório  um dirigente de centro espírita que causa infortúnio em seu próprio lar e é odiado pelos seus. Um tesoureiro da casa de amor  que apresenta-se em bancarrota crônica em suas próprias finanças. Um dirigente de estudos  que não lê!
  E acima de tudo é necessário cultivar a inteligência emocional  de se relacionar bem, a humildade,e a sinceridade no ato de servir e não o de comandar.
  Nestes tempos de transição é importante atentarmos para experiências já vividas para  não termos de revivê-las  outra vez da mesma forma.
 Para encerrar um ciclo de aprendizado é necessário tê-lo aprendido de forma suficiente para seguirmos em frente, abrindo um outro leque de experiências, melhores, mais altas.
  Que todo dirigente, secretário e presidente de atividades nas instituições espíritas sejam sempre pródigos e ocupados como as figueiras, as oliveiras e as parreiras, e que ainda assim saibam percorrer a segunda milha como ensinada por Jesus.  
  Que saibamos não cair em armadilhas em que  funções importantes sejam desenvolvidas pelos espinheiros que sempre estarão à espreita para oferecer sua sombra seca e a destruição dos cedros do Lìbano.  

  Para encerrarmos essa reflexão, um pouco forte, quiçá, destacaremos um texto escrito por Emmanuel no livro Vinha de Luz, pelo médium Francisco Cândido Xavier:  lição 111, Sublime Recomendação


                        (...)

(...) o Mestre trabalha sem cessar.
  O problema do aprendiz do Cristo não é o de conquistar feriados celestes, mas de atender aos serviços ativos , a que foi convocado, em qualquer lugar, situação, idade e tempo.
  Se recebeste a Luz do Senhor, meu amigo, vai servir ao Mestre junto dos teus, dos que se prendem à tua caminhada. Se não possuis a família direta, possuis a indireta. Se não contas parentela, tens vizinhos e companheiros. Anuncias os benefícios do Salvador, exibindo a própria cura. Quem demonstra a renovação de si mesmo, em Cristo, habilita-se a cooperar  na renovação espiritual dos outros. Quanto ao bem-estar próprio, serás chamado a ele, no momento oportuno.


Pesquisa e texto por Denilson Sant'Ana  

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