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segunda-feira, 16 de abril de 2012

A Meditação como Instrumento de Reforma Íntima II

  Jesus passou 40 dias e 40 noites no deserto antes de iniciar sua trajetória pública.

  Após pregar para as multidões, restituir visão a cegos, reconstituir a organização fisiológica de paralíticos e leprosos e multiplicar alimentos, Jesus não desprezou a intimidade com o silêncio e a Natureza.

  Costumava ir a um recanto afastado da multidão, apenas com os doze apóstolos para aprofundar os Seus ensinos junto àqueles que, por terem "ouvidos de ouvir" poderiam "receber mais" alimento espiritual que a multidão desesperada por curas, alimentos e milagres. As necessidades básicas e prementes do povo não lhes deixava aquietar a mente e o coração suficientemente para mergulhar nas Vibrações Cósmicas profundas provenientes de Deus. Os interesses mais grosseiros e imediatistas formam uma barreira contra a experiência mais alta , profunda e íntima com Deus!

  Os apóstolos representam aqueles discípulos do Senhor que mais que receber, também querer servir. Os doze apóstolos simbolizam os que se fazem discípulos do Senhor, buscando aprofundar a relação espiritual com Cristo, para aprender a sintonizar a mente humana com a Mente Crística.

  E  quantas vezes ainda entre os doze, Jesus levava apenas três de seus discípulos mais avançados:Pedro, Thiago e João, para meditar horas a fio, um pouco mais afastado ainda, enquanto os outros nove não aguentando tanta disciplina e tantas horas de oração e meditação acabavam dormindo!

  Não por acaso , os fundadores da Casa do Caminho, primeira célula cristã da História, foi fundada por Pedro, Thiago e João!  E só depois vieram os outros: Thiago maior, Felipe, Barnabé,Estêvão, Paulo,etc.

  Jesus também disse: "Fazei pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu."

  Em verdade Jesus nos ensinava, aos Cristãos de todos os tempos, a apreciar a Natureza - corpo místico de Deus - e a meditar!

  Antes da ação, a meditação. Após a ação, a reflexão.

  Meditar é ficar quieto com os próprios pensamentos. Observar o ininterrupto monólogo interno.

  Analisar a estruturação dos pensamentos quando não se está em movimento. A meditação antes e após a oração é instrumento para melhor se conhecer.

  Tarefa que pode ser árdua, pois no mundo moderno tudo é barulho e movimento. A sociedade atual é adicta à ocupação e à preocupação, e ainda se diz: tempo é dinheiro!

  No magnífico livro Paulo e Estêvão trazido pela mediunidade incomparável de Chico Xavier , há várias referências sobre  a meditação. Instrumento  e exercício de aprofundamento na Consciência Crística muito utilizados pelos Cristãos dos primeiros tempos. 

  Segue abaixo uma instrução de Ananias a Paulo recém-convertido. A  vontade de Paulo era sair pregando e realizando obras para Cristo, mas recebe estes conselhos de seu bem-feitor, preposto de Jesus que lhe restiuíra a visão:

" (...)tudo o que é de Deus reclama grande paz e profunda compreensão. No teu caso,  deves pensar na lição de Jesus permanecendo trinta anos entre nós, preparando-se para suportar nossa presença durante apenas três. Para receber uma tarefa do Céu, David conviveu com a Natureza apascentando rebanhos; para desbravar as estradas do Salvador, João Batista meditou muito tempo nos ásperos desertos da Judéia."*

  Mais algumas recomendações e ensinos realmente profundos são ministrados por Ananias , aos quais Paulo ouve, sem interromper o seu interlocutor, sem se pôr na defensiva querendo explicar-se ou justificar-se( e isso é realmente interessante: Paulo apenas ouve, reverentemente ouve toda a explanação), e  só então  responde, concluindo novas idéias para si:

"-Tendes razão...Buscarei o deserto em vez de voltar a Jerusalém precipitademente, sem forças, talvez, para enfrentar a incompreensão dos meus confrades. Tenho um velho amigo em Palmira, que me acolherá de bom grado. Ali repousarei algum tempo, até que possa internar-me pelas regiões ermas, a fim de meditar as lições recebidas."*



  Nos dias atuais o teu deserto pode ser simplesmente aquele lugar em que te recolhes em silêncio para meditar em Deus, procurando sentir os  Seus Desígnios Divinos para tua vida.

  Teu deserto, teu Himalaia, podem ser teu quarto, onde tens  a privacidade de fechar a porta e os olhos materiais por alguns minutos para contemplar as aves de pensamento que voam pelo céu de tua mente, e as flores de sentimentos que brotam no solo de teu coração.

  Jerusalém representa aqui as atividades  (obrigações e deveres diários), antes de ir ter com eles, melhor seria restabelecer uma comunhão com o Cristo para melhor ouvi-Lo e senti-Lo guiando-te em todas as ações do dia.

* Paulo e Estêvão. Espírito Emmanuel; médium Francisco Cândido Xavier.

 
Pesquisa:  Denilson  Sant'Ana

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